A Intolerância à Lactose é uma condição bem comum, com muitos adultos brasileiros apresentando algum grau. Ela acontece devido a incapacidade de digerir o açúcar existente no leite e em seus derivados, quando o organismo não produz, ou produzir em pouca quantidade a lactase, uma enzima digestiva que quebra e decompõe a lactose. Os sintomas mais frequentes são desconforto e distensão abdominal, flatulência, diarreia.
Existem três tipos de intolerância à lactose:
O diagnóstico da intolerância à lactose geralmente é feito clinicamente baseando-se no histórico clínico do paciente e dos seus sintomas, porém se o médico acreditar que há necessidade da confirmação do diagnóstico ele pode solicitar um exame complementar. Até então havia dois exames específicos para o diagnóstico da intolerância a lactose: teste de intolerância à lactose, teste de hidrogênio na respiração.
Teste de intolerância a lactose (no sangue):
No primeiro em jejum o paciente ingere uma dose de lactose, antes e após a ingestão é medida a glicose no sangue para verificar se houve alguma elevação nos seus níveis, como pacientes que possuem intolerância a lactose a lactase não é quebrada e a glicose não é absorvida pela corrente sanguínea, não há alteração em seus níveis.
Teste de hidrogênio na respiração:
O segundo é medindo o hidrogênio do ar expirado depois do paciente ter ingerido uma alta quantidade de lactose. Os pacientes que possuem intolerância à lactose produzem altas quantidades de hidrogênio pelas bactérias presentes no cólon, que tem grande parte reabsorvida para o sangue e é eliminado pelos pulmões por meio da respiração. Mesmo sendo bastante eficazes, esses três procedimentos causavam um certo mal estar no paciente devida a ingestão de lactose.
Porém atualmente, há uma terceira opção de exame que é o Teste Rápido de intolerância a lactose pela endoscopia. Onde uma amostra da biópsia do duodeno obtida durante uma endoscopia, é colocada em um líquido que em 20 minutos muda de cor ou não, dependendo de quantidade de lactase presente na amostra. Caso ocorra uma alteração química causando a alteração de cor do líquido quer dizer que a amostra contém lactase, caso não haja a alteração de cor demonstra que o organismo do paciente não está produzindo lactase. Além da vantagem do paciente não precisar ingerir lactose, nesse teste ainda é possível identificar o grau de hipolactasia do paciente, que pode ser: normolactasia (quantidade normal de lactase), hipolactasia moderada (lactase moderadamente diminuída) e hipolactasia intensa (lactase muito diminuída). Este teste apresenta ótimos resultados e tem a vantagem do resultado ser obtido após alguns minutos.
Vale lembrar que a intolerância à lactose é diferente da alergia ao leite, já que ela não é uma doença e sim uma carência da produção da enzima pelo organismo e não possui nenhuma relação com os processos alérgicos de quem possui algum tipo de alergia a alimentos. Portanto não há uma cura, pois ela pode ser controlada através de uma dieta, onde inicialmente é cortada toda a ingestão de laticínios e após o alívio dos sintomas eles são reintroduzidos gradualmente até que se saiba a quantidade máxima que o organismo irá suportar sem que cause nenhum sintoma prejudicial ao paciente ou pela suplementação da enzima em cápsulas.
Para saber mais informações a respeito da intolerância à lactose, um médico ou entre em contato conosco